Situação de Aprendizagem - Pausa de Moacyr Scliar

           

Plano de aula elaborado no encontro presencial do curso Melhor Gestão, Melhor Ensino da Diretoria de Ensino Guarulhos Sul, sob supervisão da tutora Renata, em 13 de junho de 2013

Desenvolvido pelos professores:

Everton Jangoza Fernandes

Iracema Maria Gomes Figueredo

Tânia Magalhães Pio Rodrigues

Situação de aprendizagem construída através do texto: Pausa – de Moacyr Scliar

Objetivo:

À partir da crônica de Moacyr Scliar, apresentar aos alunos formas de trabalhar outros gêneros textuais para desenvolver a competência de leitura e escrita e estimular a criatividade e olhar crítico dos mesmos.

Justificativa:

Levar os alunos a desenvolver as diversas possibilidades de interpretação e criação do texto, realizando uma releitura, de forma a explorar os diversos gêneros textuais.

Público Alvo: 8º e 9º anos

Duração: 8 aulas

Metodologia:

Duas aulas: Será feita uma retomada acerca dos gêneros textuais: Carta, Anúncio Publicitário, Conto, Notícia, Relato e História em Quadrinhos;

Duas aulas: Roda de conversa para a leitura da crônica Pausa, discussão e interpretação; apresentação de possibilidades de criação de outros gêneros a partir do texto em questão e início das produções.

Duas aulas: Finalização, orientação e devolutivas das produções textuais;

Duas Aulas: Apresentação dos trabalhos

Recursos: Livros, textos dos diversos gêneros trabalhados, uso da internet e dicionário

Avaliação: Será individual, processual e contínua como um meio de verificar se os alunos adquiriram os conhecimentos esperados de leitura, escrita, além do domínio de gêneros textuais distintos.

Plano de Aula - Atividades a partir da leitura de uma crônica

Plano de Aula desenvolvido em encontro da D.E. Guarulhos Sul, em 13/06/2013, pelas professoras cursistas: Luiza Maria Delfino Gimenes, Antonia Viale Duarte e Rita de Cássia Antunes.

Texto utilizado: "Avestruz" - crônica de Mário Prata.

Público Alvo: alunos do 6o. e 7o. anos

Duração: 6 aulas

Objetivos: Levar o aluno a reconhecer o gênero literário CRÔNICA e como conteúdo gramatical, a Paragrafação e sua importância dentro do texto.

Justificativa: Apresentar ao aluno diversos tipos de textos e discursos utilizados no ato da comunicação, estilos de escrita e leitura fluente.

Estratégias:

• Duas primeiras aulas: dispor a sala em círculo para uma roda de conversa sobre o assunto bicho de estimação comum ou exótico, como estímulo e despertar curiosidade. Posteriormente leitura do texto e pequeno debate sobre o assunto.
• Duas aulas para compreensão do texto, com algumas questões a serem respondidas e a produção de um pequeno relato sobre uma experiência pessoal com um animal de estimação podendo incluir uma ilustração ou foto de seu bichinho (que deverá ser previamente solicitada).
• Duas últimas aulas com gramática, abordando a paragrafação, enfatizando a importância do ponto. O conceito do que é uma crônica (relato pessoal). O texto apresentado servirá como base de estudo, exemplo e observação do ítem gramatical. Por último os alunos analizarão e farão as adequações de suas redações.

Recursos: Texto do gênero crônica (Avestruz), livro didático, celular ou câmera fotográfica, publicações com ilustrasções.

Avaliação: Além de avaliação contínua através da observação da participação do aluno na leitura e debate, será analisado seu desempenho na interpretação do texto e na correção e adequação de sua redação.

Situação de Aprendizagem

O Avestruz

(Mario Prata)

OBJETIVO

• Retomada dos elementos da narrativa.
• Identificação dos elementos da narrativa presentes no texto.
• Familializar-se com o gênero crônica narrativa.
• Compreender e identificar as características de uma crônica narrativa.

PÚBLICO ALVO

• 6ª Ano.

CONTEÚDOS

• Leitura e escuta de crônica narrativa.
• Formulação de hipóteses.
• Produção de crônica narrativa.
• Características de gênero textual - crônica narrativa.
• Interpretação e fruição.

TEMPO PREVISTO

• 6 A 8 aulas.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

• Inferir elementos da narrativa.
• Reconhecer elementos da narrativa.
• Analisar, após a escuta, o foco narrativo.
• Reconhecer as características do gênero crônica narrativa.
• Tipologia - mobilizar, no texto produzido, os conhecimentos relativos aos elementos organizacionais da tipologia crônica narrativa.

ESTRATÉGIAS

• Sondagem inicial com base no repertório narrativo dos alunos.
• Leitura oral pela professora do texto com inferências.
• Recapitulação dos elementos da narrativa em funcionamento no texto.
• Introdução às características de uma crônica narrativa.
• Comparar e identificar elementos da narrativa em diferentes gêneros textuais; uso da apostila e do livro didático.
• Observar que cada gênero textual tem características próprias.
• Leitura individual e análise do texto.
• Produção de crônica narrativa sobre o tema: "Um dia importante em sua vida." Os alunos deverão observar um roteiro pré-estabelecido pela professora (história curta, foco narrativo, em que espaço e tempo ocorrerão os fatos narrados, sequência de acontecimentos, desenvolvimento, conflito e clímax, se ouver, e desfecho. Rascunho no caderno, revisão individual e em dupla do texto com a ajuda da professora. A atividade será finalizada com a entrega das produções para um conceito final.

  

RECURSOS

• Caderno do aluno, livro didático.

AVALIAÇÃO

• Produção de crônica narrativa.
• Leitura de narrativa para análise do texto.
• Produção de síntese dos elementos da narrativa.

Professora Márcia Gargitter

Dicas para atividade de leitura.

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Dicas para atividades de leitura

Desde o ano de 2012, temos projeto na U.E.voltado especificamente para leitura, procurando obedecer a interdisciplinaridade e também a contextualização, já que a vida moderna é dinâmica e apresenta temas variados e eventos sociais que podem e devem ser analisados e abordados de formas diferentes. Neste caso foi A Copa das Confederações.

Minha inspiração é sempre o caderno do aluno, pois além dos temas, temos atividades correlatas para trabalhar a gramática e interpretação de textos.

Para a realização da atividade obedeci quatro etapas:

1. 1. Primeiramente como estímulo, foram lidos e analisados os textos “A Bola”, e “Direitos Humanos” de Luiz Fernando Veríssimo, os quais fazem parte do livro “Comédias Para Se Ler Na Escola”, Editora Objetiva. (acervo da U.E.). O assunto surgiu no debate após a leitura, quando foi mencionada a Copa das Confederações.
   
   
   2. Para a produção de texto, os alunos produziram um relato sobre um momento de suas vidas, inspirado no tema futebol, após orientações e atividades das apostilas.
      
      
   3. Como trabalho de pesquisa, os alunos em dupla ou individualmente, escolheram um país participante da Copa, colhendo dados sobre o ranking e histórico da participação mundial do referido país, equipe técnica e jogadores atuais. Para tal, recorreram à internet, revistas e álbum de figurinhas (“illustration book to stick”) que está editado em Inglês.
   
   
   4. A atividade final foi a entrega e apresentação dos trabalhos.
   
   
   
   
   
   
   
   
   
   

 A INTIMIDADE COM A LEITURA

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

Carlos Drummond de Andrade
Geralmente as crianças dizem que não gostam de um determinado alimento, mesmo sem prová-lo, e se os pais não incentiva-las irão crescer sem conhecer muitos sabores.Assim também é com a leitura, se não houver um primeiro contato e o incentivo para ler, jamais haverá a intimidade com a leitura
Iracema Figueredo
  

Da primeira leitura à maturidade

Meu primeiro contato com o mundo da leitura foi através da literatura infantil "A Ilha do Tesouro" e posso garantir que foi uma experiência única. A cada página que avançava ou sentia que fazia parte daquela ficção, mas que naquele momento de leitura, era a minha vida real: ria, sentia medo, ficava furiosa, etc.

Infelizmente, não tive muitos incentivos de leitura na educação infantil e, talvez, por isso, tenha me frustrado tanto com a minha segunda leitura por esperar que fosse tão contagiante como a primeira. No entanto, não desisti de ler,  porque procurava algo tão envolvente quanto a primeira. E, felizmente, encontrei várias, cada uma com finalidades distintas, mas tão boas quanto. E é por isso que me identifiquei muito com a frase da professora Marilena Chauí, "Ler é suspender a passagem do tempo: para o leitor, os escritores passados se tornam presentes, os escritores presentes dialogam com o passado e anunciam o futuro".

E foi, inconscientemente, nessa incansável procura que adquiri a maturidade da leitura e acredito que um pouco da escrita também, pois fui me abastecendo de conhecimento e prazer de ler que me tornei professora e tento passar a minha experiência para meus alunos. Nem sempre é fácil, diante de um "bombardeio" de novidades tecnológicas e boa leitura fica sempre em segundo, terceiro, ou até mesmo não ocupa lugar algum. No entanto, não é impossível, já tive o privilégio de ver alunos se emocionando com a leitura de "Menino de Rua" de Patativa do Assaré. Bata plantar as sementes.

IRACEMA MARIA GOMES FIGUEREDO

O Círculo do Livro

Como não amar os livros?

Marilena Chauí escreveu que, "ler é suspender a passagem do tempo". A imaginação, sempre ela, companheira fiel da fantasia. Sem elas, seria triste e insuportável o fardo do mundo da realidade, da mesmice.

Imaginação é pensamento livre.É o que a criança exercita e tem de sobra.Por toda a vida é nossa maior dádiva, é onde mora nossa verdadeira liberdade. O mundo das idéias. É lá que essa criança que um dia fomos se esconde e, às vezes, aparece para nos lembrar que continuamos a ser crianças com um pouco mais de idade.

Lembro que aos quatro ou cinco anos, ainda não era alfabetizada e já pedia ao meu pai, um livro. Era muito sozinha, pois meu único irmão é cinco anos mais novo. Naquela época, as crianças desta idade ainda não sabiam ler, assim, fiquei apenas olhando para o livro e rabiscando-o, mas inconscientemente algo em meu interior dizia que um dia eles seriam meus grandes companheiros.

Foi na escola que tive a oportunidade de ler verdadeiramente. Lia tudo: os livros de história, ciências, gramática, enfim, tudo o que era oferecido e pedido, pois era a época da ditadura e líamos o que o professor determinava e,geralmente, literatura nacional. Preciso destacar o atlas geográfico que decorei de cabo a rabo. Meu pai, muito orgulhoso, quando tinha alguma visita, pedia para que eu enumerasse o nome dos planetas e capitais do Brasil ou de outros países.

Vivi a juventude da década de 70, quando existia o "Círculo do Livro". Era sócia e sempre escolhia dois ou três por mês: os livros de auto-ajuda..."O poder do Subconsciente"... e aqueles que li duas ou três vezes? "Éramos Seis", "O Crime do Padre Amaro", "Admirável Mundo Novo", "O Outro Lado da Meia-Noite"...

Hoje não tem mais o Círculo do Livro, mas tem os programas de tarde com alguém divulgando seu livro. Alguns compro, dependendo do assunto. Puxa! Agora leio muito menos. Será que o motivo é a televisão e o computador que me roubaram o tempo para os livros?

O Computador... não sei ler um livro na tela do computador, não! Meus olhos já se incomodam com a claridade. Prefiro o livro de papel, com capa, orelha, contra-capa, aquele que deixamos do lado da cama para ler antes de dormir.

Preciosa foi a definição de Contardo Calligaris, quando diz que "a função essencial da literatura, é a de libertar o ser humano, pois ela é o catálogo das vidas possíveis e impossíveis.

Que saudade dos catálogos do Círculo do Livro! Eles me ajudavam a escolher algumas vidas diferentes para experimentar.

LUÍZA MARIA DELFINO GIMENES

Minha experiência com a leitura e os livros.

Minha experiência com a leitura e os livros não começou em casa, posso dizer que a minha relação com os livros começou um pouco tardiamente e, embora, tenha lido bastante, nunca fui uma devoradora de livros. Leio para conhecer, leio para tornar-me uma pessoa melhor.
Lembro-me que no primeiro ano do Ensino Médio, já faz tempo, estou falando de 1976, algo começou a mudar e eu passei a me interessar mais pelo livros, influenciada por meus amigos da escola. O primeiro livro que li foi "O Pequeno Príncipe", mergulhei nas palavras e na mensagem do livro, queria praticar os ensinamentos do príncipe. Esta leitura foi como um guia para a descoberta de outros mundos e de outras possibilidades de enxergar o mundo.
Na época do cursinho pré-vestibular, houve outra grande reviravolta cultural em minha vida, desta vez, influenciada pelos meus professores de Literatura e Técnica de Redação, descobri a poesia concreta, mergulhei neste universo e produzi um caderno de poesias, sem pretensão de ser poeta, apenas com o intuito da criação, através da escolha das palavras, da inspiração e da mensagem que queria transmitir.
Minha experiência leitora se concretiza na Universidade, onde recebi um número muito maior de informações sobre a Literatura Brasileira, Portuguesa e Inglesa. Época também que descobri mais sobre o Brasil e o mundo através da literatura produzida por seus autores em diferentes períodos. Então devo dizer, quem lê nunca perde, quem lê sempre ganha.

MÁRCIA GARGITTER